Nostálgica poesia sem título.
Estou numa noite silenciosa hoje.
Logo eu que falo tanto...
Ouço apenas o som da nostalgia:
Viajo nas notes da canção que ouço
E nem sequer sei o que diz.
Viajo, chego às lembranças...
Daquela namorada...
Daquele primo chato em quem confiava tanto...
Daquelas amigas fiéis...
Mãe, pai, irmãos, avó...
Daquela turma doida
E daquela outra turma doida.
Tudo isso é bom...
Sei que estão comigo...

Mas a saudade aperta
E as lágrimas não sufocam o que a distância faz com a gente.
Agora a pouco me perguntava se estou feliz.
Acho que sim:
Até abri um sorriso.
Mas muita coisa falta ainda.
Passei o dia me sentindo inútil
E há tempos estou assim.
Nada me liga a nada?
Sinto falta do abraço forte
Como aqueles de outro dia
Que me deixavam tão mais seguro.
Sinto-me inútil para as coisas práticas...
E o que mais me dói é nem ter certeza da minha real importância.
Pra alguém ou pra qualquer coisa.
Ainda me sinto só.
E agora tudo está mais difícil,
Não sei bem porquê...

Falta ânimo.
Falta força.
Naõ tenho vontade de nada.
Preciso voltar a encontrar sentido nas coisas.
Preciso me reconstruir.
Porque meus alicerces agora estão longe.
E por mais que me apóiem,
Por mais que me amem,
Por mais que eu os ame com todo o meu ser,
Não posso estar com eles todo o tempo...

Às vezes acho que estou sem rumo.
E preciso me achar de novo
Pra tentar voltar a caminhar...

31/08/2008
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